sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Tioglicolato de Amonia

O que é e como age o tioglicolato de amônia?

O tioglicolato é um princípio ativo que serve para amolecer a fibra capilar, promover a quebra das pontes de cistina e, com isso, deixar o fio maleável, para ser moldado como se desejar. "Se pentear, ele alisa. Se enrolar, ele forma cachos", ensina Joana Silva, técnica da Wella.

Como funciona cada tipo de alisamento?

A Escova à Francesa, da Glynett, impermeabiliza a fibra capilar através de um composto de aminoácidos e emulsões de silicone que segura melhor as moléculas de proteínas na fibra capilar. O fio fica mais pesado e o volume é reduzido. Como é progressiva e temporária, deve ser refeita até que se alcance o resultado desejado.

A escova progressiva com tioglicolato de amônia ou hidróxido de sódio deixa o fio liso logo na primeira sessão, mas por ter concentrações menores desses ativos do que as fórmulas dos alisamentos tradicionais, costuma durar menos tempo: até dois meses, dependendo do grau de ondulação do cabelo. Exige retoques constantes na raiz e hidratações periódicas.

Para quem quer efeito liso duradouro, a saída é o alisamento tradicional (com ativos químicos como tioglicolato e hidróxido) ou a escova definitiva (também chamada escova japonesa ou alisamento japonês). Nesses métodos, a raiz crespa ou ondulada fica em evidência à medida que os fios crescem, assim, os retoques precisam acontecer a cada seis meses, em média. "Alisamento à base de amônia só é indicado em fios com a cor original ou com colorações em nuances escuras. Os platinados ou com mechas podem sofrer ressecamento ou desbotamento", alerta a cabeleireira Rosiane Eduardo, do salão carioca Fast.

O que é o formol e por que escovas progressivas com ele são condenadas?

É uma substância utilizada, principalmente, para a conservação de outras substâncias e até de tecidos (é usado em biópsias, por exemplo, para impedir a degradação antes da análise). Pode ser facilmente absorvido pelas mucosas e ocasionar problemas sérios para a saúde, tanto da cliente quanto do cabeleireiro. A dermatologista Denise Steiner, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Câmara Técnica de Cosméticos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não recomenda nem aprova fórmulas à base de formol. "Se for usada uma concentração alta de formol em produtos para o cabelo, os fios podem se tornar ainda mais quebradiços. Ele danifica a cutícula, que é a parte mais externa do fio e deixa o córtex, a parte interna, bastante vulnerável ao ressecamento e ao desbotamento", explica a especialista.

Como saber se uma fórmula de alisamento é confiável?

Toda fórmula de produtos para cabelo deve ter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (www.anvisa.gov.br). A Anvisa promove a saúde da população fazendo controle sanitário da produção e da comercialização de cosméticos, incluindo as substâncias de sua fórmula. Também é importante que o cabeleireiro esteja preparado para fazer um bom diagnóstico do fio, identificando se os princípios ativos que serão usados são compatíveis com o da coloração ou do processo químico feito anteriormente.